

Salvo um ou outro acidente de percurso, vários dos atuais secretários do governo Elmano de Freitas seguirão no Executivo até o início de abril de 2026.
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São, basicamente, parlamentares licenciados do mandato e dirigentes partidários que disputarão as eleições em outubro do ano que vem.
Pré-candidatos devem deixar a função pública seis meses antes.
Levantamento feito pela Coluna mostra que pelo menos 14 integrantes do primeiro escalão deverão deixar o organograma palaciano.
Quantidade semelhante deve sair de escalões inferiores.
Estamos, falando, portanto, de um ano até o prazo legal. Isso, se o governador não quiser antecipar as substituições – o que não seria inédito.
Doze meses passam muito rapidamente.
Olhando em perspectiva, é uma contagem regressiva que já começou, cujo desfecho é muito relativo, em termos de apresentação de resultados.
Dependendo da área, um ano é muito tempo para um secretário dizer e mostrar a que veio.
Ou não, se fizer corpo mole, achando que entregas acontecem por geração espontânea.
A boa notícia é que o governo Elmano tem muitos projetos e ações engatilhadas – muitas, já gerando frutos.
O desafio será chegar ao ano eleitoral com a imagem de que está numa crescente.
Governador e o crime organizado no Ceará

O governador Elmano de Freitas (PT) acerta quando vem a público, a exemplo da boa entrevista à revista Veja desta semana, reconhecer o grande gargalo em que se transformou o domínio do crime faccionado no Estado.
Até porque o tempo da negação já passou.
Agora, como diz Elmano, é sufocar o crime enquanto modelo de negócio.
Isso só será viabilizado via grande força-tarefa, que inclua desde instituições financeiras ao Judiciário, passando por nova legislação penal.
O reconhecimento a Lula
Outro ponto relevante de Elmano nas ‘Páginas Amarelas’ de Veja tocou na sucessão presidencial de 2026.
O governador afirma acreditar que Lula “vai ser reeleito porque a população vai saber reconhecer tudo o que ele fez pelo País”.
Nas entrelinhas, é a defesa do conjunto da obra do petista. O merecido legado. As urnas dirão.
Uma perspectiva alternativa é o Brasil concluir que esse reconhecimento já aconteceu. Foram cinco vitórias presidenciais.
O PT tem lulodependência. Esse problema é do PT – não, necessariamente, do Brasil.