
Os advogados apresentaram suas sustentações orais no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete civis e militares, acusados de planejar e executar um golpe de Estado fracassado.
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Os defensores em comum argumentaram que a PGR não conseguiu detalhar os atos criminosos atribuídos aos acusados. Além disso, reclamaram de cerceamento de defesa, principalmente pela falta de acesso completo às provas utilizadas pela acusação e pelo curto prazo para analisar os milhares de documentos que embasaram a denúncia.
As sustentações das oito defesas do chamado “núcleo crucial” do golpe foram feitas pela manhã na Primeira Turma do STF, composta por cinco dos 11 ministros da Corte, que está analisando a denúncia.
Antes das sustentações, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reiterou a denúncia, acusando Bolsonaro de liderar uma organização criminosa para se manter no poder, mesmo após perder a reeleição. Para o PGR, o planejamento e a execução do golpe começaram em meados de 2021 e culminaram em 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.