
Enquanto grandes empresas nos Estados Unidos começam a recuar em seus compromissos com a diversidade e inclusão, no Brasil, a pauta segue em alta e cada vez mais consolidada. Recentemente, algumas multinacionais flexibilizaram ou encerraram políticas voltadas à diversidade, refletindo um movimento anti-ESG que cresce entre companhias americanas.
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Porém, em âmbito nacional, o mercado continua exigindo profissionais capacitados para desenvolver estratégias inclusivas, mostrando que a tendência global caminha para um amadurecimento da governança corporativa.
Muitas empresas brasileiras começam a encarar o tema de forma mais estruturada. O ESG, antes visto por alguns como um discurso de marketing ou uma imposição externa, agora se consolida como um pilar estratégico de governança e gestão de riscos.
Essa mudança de perspectiva exige que as organizações deixem de tratar a diversidade como um diferencial e passem a vê-la como um componente essencial para o sucesso e a inovação no ambiente corporativo. Um estudo da Deloitte, “Diversidade, Equidade e Inclusão nas Organizações 2023”, reforça essa visão: 96% das empresas participantes afirmam que iniciativas de DE&I promovem um ambiente mais acolhedor, 95% destacam melhorias na qualidade da força de trabalho e 94% reconhecem a geração de valor por meio dessas práticas.
“No Brasil, especialmente entre as multinacionais, há um alinhamento crescente com os movimentos globais. Os consumidores estão mais atentos e exigentes, cobrando uma postura mais responsável das empresas em relação a esses temas, mas, apesar dos avanços, a realidade ainda é desigual, e sabemos que ainda há um longo caminho pela frente. A tendência global é clara: diversidade e inclusão não são mais uma escolha, mas uma estratégia fundamental para o sucesso sustentável das organizações”, afirma Edith Novo, coordenadora do MBA em Gestão de Pessoas com Ênfase em Diversidade e Inclusão da Estácio.