
Na primeira manifestação de rua após ser acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado e se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse neste domingo, 6, em São Paulo, que as acusações contra ele são fruto de uma perseguição política.
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Em seu discurso, de cerca de 25 minutos, ele atacou o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de enviar recados ao Congresso sobre o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Bolsonaro afirmou que, na verdade, foi ele quem sofreu um golpe ao ser derrotado nas eleições de 2022, e que a manutenção de sua inelegibilidade até 2026 significaria, segundo ele, “escancarar a ditadura no Brasil”. Vale lembrar que o ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro também voltou a declarar que seus adversários desejam vê-lo “morto” e que sua saída do Brasil, em dezembro de 2022, foi uma medida de autoproteção, afirmando: “Se eu tivesse ficado no Brasil, teria sido preso na noite de 8 de janeiro ou assassinado por esses mesmos que colocaram esse vagabundo na presidência”. Ele disse estar “no caminho deles” e que não desistirá.