

Mercadoria rara no mercado político polarizado, o benefício da dúvida, que outrora norteava o bom jornalismo, deve ser considerado na suposta fraude bilionária do INSS.
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Entretanto, com as evidências e possíveis provas que a Política Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) colocaram à mesa, dificilmente o desfecho será sem culpados e condenados.
Nesse contexto, o agora ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que teve de entregar o posto ao presidente Lula, puxa para baixo o PDT, do qual está licenciado da presidência nacional.
Ao ex-ministro é atribuída, por baixo, omissão no caso INSS, quando escalou a rede nacional de descontos ilegais em pensões e aposentadorias. Fala-se em mais de 6 R$ bi.
O aprofundamento das investigações vai dizer se foi apenas isso, se foi mais ou se foi menos o que aconteceu na gestão Lupi – com algum tipo de participação ou não dele e outros filiados em todo o País – inclusive, no Ceará.
O fato é que o PDT, de inspiradora história, que gerou figuras notórias como Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Cristovam Buarque, Ramez Tebet e tantos outros, sai maculado. Triste.
E como tudo isso poderá chamuscar o governo Lula? É cedo para dizer. É preciso aguardar os desdobramentos.
A PF e a CGU dizem que o esquema para garfar aposentados e pensionistas começou no governo Temer, estabeleceu-se na gestão Bolsonaro e se aprofundou na administração Lula.
Governistas argumentam que foi no atual governo que houve a investigação e que o dinheiro descontado, ilegalmente, será devolvido.
Isso deve ser considerado – embora não seja assim que o caso esteja sendo percebido pela média da opinião pública.
É preciso um grande esforço – mais um -, de comunicação por parte do Planalto.
Já o estremecimento com o PDT de Lupi é dado como certo, num momento em que o governo tenta rearrumar a base aliada no Congresso Nacional.
O partido aceitará o possível – para muitos, necessário -, isolamento da sigla, com impactos diretos nas eleições de 2026?
É assim que morrem muitos partidos políticos – mas não sem algo que justifique.
É o caso da suposta fraude bilionária que abala o INSS, operada debaixo das vistas de pedetistas graduados.