

Robert Francis Prevost, o agora papa Leão XIV, não será uma fotocópia de Francisco – não esperemos por isso.
Muito menos representará uma guinada ao estilo Bento XVI – possibilidade ainda mais remota.
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Pelo perfil e currículo eclesiástico do norte-americano naturalizado peruano, é muito mais provável que o novo chefe da Igreja Católica nem adote a rigidez doutrinária apostólica de Joseph Ratzinger nem a mansidão espontânea de Mario Bergoglio.
O novo ocupante do Trono de Pedro, segundo as primeiras impressões de vaticanólogos, deverá trilhar os caminhos da diplomacia, com muita interlocução, diálogo e mediação.
Desse ponto de vista, o Soberano de Roma pode representar um sopro de esperança num mundo desassossegado, espiritualmente, por batalhas ideológicas mundanas.
A extrema-direita avança em todo o mundo. A esquerda igualmente extremada apoia ditaduras. Ambas têm as mãos sujas de sangue. Em muitos casos, só diferem no método e na narrativa.
É digno de louvor, portanto, a chegada de um santo padre que venha, como o próprio Leão XIV se define, ser um construtor de pontes – e não um adorador de muros.
Os desafios são enormes, inúmeros e variados – imigração, meio ambiente, fome, guerras, fé, sexualidade etc etc etc.
Ajudar a pelo menos mitigá-los é o grande desafio do papa da terceira via.