

O ruído diplomático criado a partir da fala da primeira-dama, Janja da Silva, na China, em torno da atuação do Tik Tok, no Brasil, é o de menos para o governo Lula.
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As críticas à socióloga são, basicamente, preconceitos requentados.
O problema é mais embaixo. Ao defender a mulher, Lula disse, lá pelas tantas, que pediu a Pequim o envio de um emissário chinês ao Brasil, para acompanhar o que chamou de “regulamentação” das plataformas digitais.
Isso é horroroso, politicamente. Como um presidente de nação democrática, como o Brasil – apesar dos trancos e barrancos –, pede consultoria a um país censor, a exemplo da China?
Mas o centro do problema nem é esse – apesar de isso ser grave. É que a questão remete a algo muito mais preocupante e essencial para o próprio governo Lula. Vejamos:
A China não regulamenta a internet. A China controla, persegue, prende e mata.
O episódio do jantar diplomático pode ter jogado uma pá de cal na tentativa do governo Lula de “regulamentar” redes, big techs etc e tal.
Outro detalhe, não menos importante: Lula precisa entender o que pensa, quer e para onde caminha o Brasil – e não querer impor o que o País tem de pensar, tem de querer e para onde tem de ir.
Como está a segurança de dados nas mãos do governo?

Fraude no INSS: parece ter havido repasse em escala industrial de dados privados para máfias digitais.
Noutro episódio, criminosos invadiram a plataforma gov.br e manipularam, largamente, a identificação facial do sistema. Lembra série de ficção científica.
Estamos falando de um país que tem mais celulares do que pessoas.
Eis algo com o que o Executivo Federal deveria se preocupar.
Não é exagero dizer que nossos dados nas mãos do governo não estão tão seguros.
Não se trata de ser de esquerda ou de direita ou de centro; vejo uma gestão pública federal mais interessada em permanecer no poder do que fazer aplicação de recursos ou tomar decisões que tragam benefícios sociais a todos; deveriam governar para o país.