
A Coopercon Ceará está em tratativas com a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para formalizar uma parceria que tem como objetivo acelerar a adoção da construção modular no estado. A iniciativa visa atrair empresas nacionais e internacionais especializadas no setor e fomentar a industrialização da construção civil local.
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O projeto, que deve contar com parcerias de universidades e, futuramente instituições Sesi, Senai e Sebrae, surge como resposta aos desafios enfrentados pelo setor, especialmente na escassez de mão de obra qualificada.
“Hoje, a construção modular ainda não faz parte da grade curricular das engenharias. Ela aparece, geralmente, apenas em cursos de extensão ou pós-graduação. Por isso, é fundamental envolver as universidades nesse processo de transformação”, destaca Emanuel Capistrano, presidente da Coopercon.
O modelo de construção modular permite que etapas como instalações elétricas e hidráulicas sejam feitas de forma industrial, fora do canteiro de obras, resultando em maior eficiência, redução de custos e prazos.
“Uma residência construída em steel frame, por exemplo, que utiliza estruturas metálicas e fechamentos em placas, pode ser concluída em até 120 dias, enquanto o modelo convencional demanda mais tempo”, explica.
Além de acelerar os cronogramas, a construção modular também promete enfrentar um dos maiores gargalos do setor: a falta de mão de obra.
“Estamos falando da necessidade urgente de treinar engenheiros, arquitetos e técnicos capazes de projetar e executar dentro dessa nova realidade da construção civil”, reforça