
A Suprema Corte da Argentina rejeitou um recurso apresentado pela ex-presidente Cristina Kirchner e confirmou sua condenação a seis anos de prisão por corrupção, tornando-a inelegível para cargos públicos pelo resto da vida. Cristina foi considerada culpada de liderar uma organização criminosa e promover fraudes em contratos de obras públicas entre 2003 e 2015. Com a decisão, ela tem cinco dias úteis para se apresentar voluntariamente à Justiça e, por ter mais de 70 anos, poderá solicitar o cumprimento da pena em regime domiciliar.
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A condenação está ligada a um esquema de favorecimento ao empresário Lázaro Báez, dono de uma empreiteira que venceu 51 licitações com indícios de superfaturamento e obras inacabadas, causando um prejuízo estimado de US$ 1 bilhão aos cofres públicos. Cristina recebeu a notícia na sede do Partido Justicialista, em Buenos Aires, onde discursou a apoiadores reunidos no local. Em sua fala, ela classificou a decisão como perseguição política e afirmou que a sentença “já estava escrita”.
A ex-presidente também criticou o governo de Javier Milei, acusando-o de desmontar setores como economia e educação. Na véspera da decisão, Cristina havia convocado seus apoiadores a irem às ruas, e o jornal Clarín registrou bloqueios em estradas de acesso à capital. Dias antes, ela havia anunciado sua intenção de disputar uma vaga como deputada nas eleições legislativas de setembro, plano agora inviabilizado pela inelegibilidade. Cristina foi presidente de 2007 a 2015 e vice-presidente entre 2019 e 2023.