
O Serviço Nacional de Saúde (NHS), espécie de SUS do Reino Unido, testa pela primeira vez em humanos um sangue artificial produzido em laboratório. A ideia é que a tecnologia possa diminuir a dependência por doação de sangue no futuro, especialmente em casos de pessoas com sangue raro ou que necessitam de transfusões constantemente.
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O sangue testado em humanos por pesquisadores ligados ao NHS é desenvolvido a partir de células-tronco. No corpo humano, células-tronco passam por diferentes processos físicos e químicos na medula óssea. É por meio desses processos que essas células produzem hemácias, ou os glóbulos vermelhos.
Os cientistas investigaram esse complexo mecanismo de sinais enviados às células-tronco. O objetivo era simular, mesmo que parcialmente, esses estímulos em laboratório, algo que foi alcançado. Uma solução nutritiva foi desenvolvida para esse fim.
É nessa solução que células tronco hematopoéticas foram colocadas. Mateus Vidigal, pesquisador do Genoma Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (USP) e sem relação com a pesquisa britânica, afirma que essas células-tronco “são células encontradas no sangue e que, naturalmente, dão origem às células sanguíneas”.