
A indústria do Ceará fechou 2023 com um faturamento de R$ 95,7 bilhões em receita líquida de vendas, puxada principalmente pelos setores de combustíveis, alimentos e metalurgia. Os dados são da Pesquisa Industrial Anual (PIA) divulgada pelo IBGE, que revelou a presença de 5.767 indústrias ativas no estado no período analisado. O setor de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis liderou as receitas com R$ 18,7 bilhões, seguido pelos alimentos com R$ 16,7 bilhões e a metalurgia com R$ 14,3 bilhões.
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Outros segmentos também contribuíram significativamente para a economia cearense, como curtumes e couros, produtos químicos e materiais elétricos, reforçando a diversidade da cadeia industrial. O avanço no Valor de Transformação Industrial (VTI) — que mede o valor gerado pela indústria descontando os insumos — também foi destaque. O Ceará aumentou sua participação no VTI do Nordeste de 14,4% em 2014 para 17,1% em 2023, mostrando crescimento na competitividade e eficiência do setor.
No VTI local, a indústria de alimentos manteve a liderança com 16,9% de participação, seguida pela preparação de couro e calçados (15,8%) e pela produção de combustíveis (13,7%). Esses dados evidenciam não só o papel estratégico do setor alimentício no estado, mas também o avanço de segmentos tradicionais na composição econômica.
Em âmbito nacional, o Brasil registrou 376 mil indústrias em atividade em 2023, que empregaram 8,5 milhões de pessoas e geraram R$ 6,4 trilhões em receita líquida. A indústria de alimentos também lidera no país, seguida pela metalurgia e extração de minerais metálicos. Apesar de o Sudeste concentrar a maior fatia da produção industrial brasileira (60,9%), o Nordeste — com 8,2% — vem ganhando espaço, com o Ceará como um dos protagonistas da região.