

A pouco mais de um ano da campanha eleitoral de 2026, cenários e personagens estão, aparentemente, em compasso de espera. Aparentemente.
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Olhando de perto e fazendo as devidas conexões, percebem-se movimentos, embora discretos, sinalizando que há um afunilamento em curso. Vejamos.
Na base governista, Elmano de Freitas (PT) é pré-candidato à reeleição – sem muito ruído -, enquanto a oposição ainda não tem nomes – apesar de Roberto Cláudio e Ciro Gomes serem citados.
Para o Senado, a pré-candidatura de Alcides Fernandes (PL) pela oposição está consolidada. Capitão Wagner (UB) também é lembrado.
No governo, a pré-corrida ao Senado está no seguinte pé: Cid Gomes (PSB) não arreda de ter Júnior Mano (PSB) na disputa de uma das duas vagas.
José Guimarães segue firme, construindo a pré-candidatura, a partir da força que exerce no PT Ceará afora e junto aos governos Lula e Elmano.
Eunício Oliveira (MDB) vem ganhando força para integrar a chapa. A ideia é simples: o partido está abrindo mão de tentar seguir na Vice-Governadoria.
Nos últimos dias, Jade Romero (MDB) admitiu, publicamente, disputar uma cadeira de deputada federal. É a senha para que Eunício avance algumas casinhas rumo à candidatura ao Senado.
Senado: pré-candidaturas governistas podem embolar

O excesso de pré-candidatos ao Senado na base governista estadual pode ser vista como um bom problema.
Significa que há boas opções. Politicamente, porém, o raciocínio é outro.
Há efeitos colaterais, advindos de uma base aliada tão grande.
Por uma questão física e matemática, não cabe todo mundo.
Mesmo considerando os nomes do PT, MDB e PSB – desconsiderando várias outras forças -, já vai ser um grande desafio.
Quem dos três vai ceder? Na cotação do dia, ninguém sabe.
Histórico é a favor do governo
Cada processo eleitoral carrega suas próprias circunstâncias, mas o histórico sempre ajuda na visão geral.
Vejamos o caso de reeleições para governador do Ceará – vale desde o pleito de 1998.
Dos quatro governadores que disputaram – Tasso Jereissati (1998), Lúcio Alcântara (2006), Cid Gomes (2010) e Camilo Santana (2018) -, somente Lúcio ficou pelo caminho.
Tasso, Cid e Camilo conquistaram mais quatro anos de mandato em primeiro turno – todos acima de 60% dos votos.
Mas como dito acima, histórico, em tese, representa uma tendência – não é determinante.