
A substituição do xarope de milho por açúcar de cana em bebidas como Coca-Cola e Pepsi enfrenta barreiras econômicas e logísticas. Analistas apontam que a mudança exigiria alterações complexas nas cadeias de suprimento, rótulos e contratos, além de elevar os custos de produção. Estima-se que, só para a Coca-Cola, o custo adicional ultrapassaria US$ 1 bilhão.
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A possível mudança também traria impactos severos ao agronegócio dos EUA, especialmente aos produtores de milho. Segundo a Corn Refiners Association, a retirada do xarope de milho reduziria o preço do cereal e causaria perdas de até US$ 5,1 bilhões em receita agrícola. Empresas como ADM e Ingredion, grandes processadoras de milho, já sentiram os efeitos com queda nas ações.
A escassez de produção interna de açúcar nos EUA agravaria o cenário, exigindo maior importação — principalmente do Brasil, maior produtor global. No entanto, as tarifas de 50% impostas pelo governo Trump dificultariam esse abastecimento externo, o que poderia resultar em aumentos de preços e desequilíbrios comerciais.