

A semana começa em contagem regressiva.
Na próxima sexta-feira (1º), se tudo der errado e nada der certo para o Brasil, os Estados Unidos começarão a aplicar sobretaxa de 50% em produtos brasileiros.
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As autoridades brasileiras – políticas, jurídicas, diplomáticas, econômicas etc -, têm o dever de buscar soluções as menos danosas para o País.
É isso o que se supõe pensar os bem intencionados – não os que estão surfando na crise em benefício político.
Isso serve para o bolsonarismo, que emulou a crise, chantageia e posa de vítima.
Isso seve para o lulopetismo, que galopa na narrativa da soberania nacional, com sorriso no canto da boca.
Eles só pensam neles.
Dito isso, estão corretos os que pensam que o Brasil deve insistir em canais de negociação.
Não por outros motivos, mas pelo desequilíbrio dos lados. Vejamos.
O total do que os EUA compram do Brasil equivale a 1% de toda a importação de lá – embora aqui isso represente 12% de tudo o que o Brasil vende. Percebem?
O impacto do tarifaço na economia brasileira será estrutural. Lá será quase imperceptível, no painel geral.
O Brasil está lá pela 15ª página nas preocupações de Washington – se estiver.
Negociação é interesse, vantagem, blefe e pressão.
Reconhecer nossa posição na fila do pão também ajuda.
O resto é lorota.
Sobre soberania, narrativa política e projeto de nação

O presidente Lula (PT) está correto em investir no discurso da soberania nacional. – embora o faça por pragmatismo político.
De toda forma, é melhor do que o inverso – entreguismo -, para usar outro clichê dos mofados manuais do século XX.
Mas soberania é muito mais do que um elemento argumentativo. Do que, exatamente, estamos falando?
Como estão nossas Forças Armadas, ciência e tecnologia, reservas cambiais, indústria cultural e outros elementos que formam uma nação?