
Nesta terça-feira (29), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações em queda de 0,36%, cotado a R$ 5,5695, um movimento que destoou da tendência global de fortalecimento da moeda americana. A desvalorização do dólar no Brasil é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo um certo otimismo em relação às negociações comerciais com os Estados Unidos, a forte valorização das commodities no mercado internacional, como o petróleo Brent, e o recuo na curva de juros futuros no cenário doméstico.
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O governo brasileiro está atuando em duas frentes para lidar com as tarifas de 50% impostas pelos EUA, que devem entrar em vigor em 1º de agosto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a existência de um “plano de contingência” que inclui medidas de socorro às empresas afetadas, sem retaliar os EUA, mas respeitando acordos internacionais e a OMC. Haddad também mencionou que o governo analisa propostas estruturantes para fortalecer as exportações e diversificar parcerias comerciais.
Investidores também estão atentos às decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, previstas para amanhã (30). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a Selic em 15% ao ano. Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) também deve manter os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50%, apesar das pressões do ex-presidente Donald Trump por uma redução.