
O Comitê de Política Monetária (Copom) deve interromper o ciclo de elevação da Selic em sua quinta reunião do ano, adotando a estratégia de “esperar para ver”, segundo a XP Investimentos. Economistas da XP, incluindo Caio Megale, apontam que a política monetária contracionista já mostra efeitos, com o real valorizando cerca de 10% no ano e a demanda doméstica exibindo sinais de desaceleração, principalmente em setores sensíveis ao crédito.
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Esses fatores, somados às expectativas de inflação em recuo nos últimos Boletins Focus para 2025 e 2026, melhoram as perspectivas de curto prazo. Contudo, a XP alerta que a inflação ainda está distante da meta, o mercado de trabalho segue aquecido, e a utilização da capacidade industrial permanece alta. Além disso, a expectativa de uma política fiscal expansionista nos próximos trimestres, com o aumento de despesas e a aproximação das eleições, pode gerar pressões inflacionárias.
O possível impacto das tarifas dos Estados Unidos também será monitorado pelo Copom. A XP projeta um recuo moderado nas projeções do IPCA, mas só prevê o primeiro corte na taxa Selic em janeiro de 2026. Os economistas da XP estimam que a taxa básica de juros termine 2026 em 12,50%, após cinco cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual.