

Há algumas edições aqui foi dito que é altamente discutível a autorreferência brasileira de sermos uma espécie de Suíça dos Trópicos, com diplomacia cortês, equidistante, neutra e cordial na geopolítica.
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A conversa mole não resistiu a uma remarcação de tarifas de exportação dos Estados Unidos, país com o qual o Brasil se pabula de ter dois séculos de relações amigáveis. A tese se desmanchou.
Por um motivo simples. Trata-se de realpolitik em estado puro.
O termo deve constar das páginas de boas-vindas dos calouros do Itamaraty. Entre tantos, pinçamos o conceito adotado pela boa Revista Relações Exteriores:
“Realpolitik é uma abordagem de política externa centrada no pragmatismo e no interesse próprio, priorizando considerações práticas e estratégicas sobre ideais ou considerações morais”, diz o texto de apresentação do vocábulo.
A publicação digital acrescenta: “O termo, originário do alemão, significa “política realista” e é caracterizado pelo exercício do poder e pela diplomacia baseada no cálculo dos interesses nacionais, muitas vezes utilizando a coerção ou a força como meios legítimos para alcançar objetivos estratégicos”.
Em realidade paralela, porém, autoridades brasileiras seguem sem saber o que fazer no playground, apostando – parafraseando os Titãs -, que o acaso irá protegê-las, enquanto andarem distraídas.
Governo Lula sofre tempestade perfeita ao contrário

Em condições normais de temperatura e pressão, o governo Lula já vinha às voltas com imensas dificuldades de fechar as contas.
Tanto que farejava onde arrecadar mais ou como cortar despesas fiscais. Foi onde, inclusive, deu-se a crise do IOF.
Agora, terá a sobrecarga de esforço para acudir setores alvejados pelo tarifaço. O Planalto precisa socorrê-los, mas não tem caixa.
Simples assim, como conta de padaria. É uma tempestade perfeita, só que pelo contrário.
Enquanto isso, na China…
Quando Trump jogou a rede do tarifaço mundo afora, estava claro que viria o arrasto – a fase de negociações.
Maior parceira global dos Estados Unidos, a China mitigou índices, adiou prazos e firmou gigantescos acordos de compra de soja.
Esta commodity é um dos principais itens da balança comercial brasileira.
Dê um joinha quem imagina que nas conversas entrou papo sobre Brics, democracia e soberania.
A China nem é democrática nem respeita direitos humanos – entre eles, os trabalhistas.
E Trump com isso…
De novo: isso é realpolitik, companheirada. Entenda.
Segurança
Será lançada nesta quarta-feira (13), a Aliança pela Segurança Cearense.
O movimento é encabeçado por associações de agentes de segurança pública.
O objetivo declarado da iniciativa é promover a valorização da carreira militar estadual como estratégia para o enfrentamento da violência no Ceará.
Na Av. do Imperador, 1.600, Centro, a partir das 9h. Pleito de 2026 promete.
Padroeira
Longe do rebuliço da área nobre da Cidade, o bairro Vila Velha receberá, nesta quarta-feira (13), a nova Praça do Santuário de Nossa Senhora da Assunção.
A entrega do prefeito Evandro Leitão (PT) acontece na antevéspera da celebração da padroeira de Fortaleza. Tem novos piso, iluminação, paisagismo e bancos, academia ao ar livre e acessibilidade.
O peso da educação em 2026

Consolidada e em voo de cruzeiro, a educação pública cearense – referência nacional -, é um dos maiores ativos políticos do governador Elmano de Freitas (PT) – embora, como o petista reconhece, seja um trabalho de continuidade.
Mas não por isso a área deixará de ser um dos principais trunfos do projeto político em curso, com base no qual o grupo que o controla pedirá mais quatro anos de poder.
O raciocínio é simples. Em campanhas eleitorais, áreas exitosas vão para a vitrine e gargalos ficam detrás do balcão ou escondidos no fundo da lojinha.
O Ceará já foi exemplo para o Brasil de eficiência fiscal.
Graças ao êxito, inclusive, outras áreas, a exemplo da própria educação, puderam prosperar.
Mas aí já é outro debate.