
O uso simultâneo de diferentes medicamentos, incluindo os prescritos, os vendidos sem receita, fitoterápicos e suplementos, pode representar um sério risco à saúde se não houver acompanhamento médico ou farmacêutico. As chamadas interações medicamentosas podem levar à redução da eficácia dos tratamentos, ao surgimento de efeitos colaterais inesperados e, em casos mais graves, à hospitalização ou até ao óbito.
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Para Maurício Filizola, diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma) e Presidente da Rede de Farmácias Santa Branca, o problema está na falsa sensação de segurança que muitos têm ao usar medicamentos conhecidos ou naturais.
“As pessoas acreditam que, por um remédio ser vendido sem receita ou ser de origem natural, ele não oferece riscos. No entanto, a interação entre substâncias pode alterar completamente o efeito esperado, tornando o tratamento ineficaz ou até perigoso”, alerta Maurício.
Entre os sintomas que podem indicar uma possível interação medicamentosa estão náuseas persistentes, tontura, confusão mental, alterações no humor, arritmias, reações alérgicas e dificuldade para respirar. Ao notar qualquer um desses sinais, o paciente deve buscar orientação médica imediata.
Para prevenir riscos, os profissionais da saúde recomendam que o paciente sempre informe ao médico e ao farmacêutico todos os medicamentos que estiver usando, inclusive os fitoterápicos, vitaminas ou chás medicinais. Além disso, é essencial evitar o uso de remédios indicados por amigos ou familiares, seguir corretamente as orientações da bula, e manter uma lista atualizada dos medicamentos em uso, especialmente em casos de atendimento emergencial.