
A semana política no Ceará chega ao fim com pelo menos dois desdobramentos importantes na pré-definição da chapa governista.
Antes, vale registrar que em eleições gerais – quando se tem corrida aos governos e legislativos federal e estaduais -, alianças regionais passam, mais fortemente, pelas cúpulas partidárias nacionais.
Foi o que se deu, segundo interlocutores da Coluna com alcance a bastidores, conversas e acertos entre caciques políticos.
Barão do MDB, o ex-presidente Michel Temer teria dado aval ao presidente formal da sigla, Baleia Rossi (SP), para fechar com Elmano de Freitas (PT).
Pelo alinhado, uma das duas vagas na chapa governista ao Senado iria para o partido. Ou seja, Eunício Oliveira, ex-presidente da Casa e hoje deputado federal.
A mesma fonte diz que o guru do PSD, Gilberto Kassab, emplacou um nome da legenda para a segunda vaga. Ou seja, parte dois, Domingos Filho.
Neste contexto, o PSB de Cid Gomes indicaria o candidato a vice-governador. No caso, vice-governadora – a irmã, deputada estadual Lia Gomes.
Em resumo, anote, para cobrar depois: na cotação do dia, governistas vão de Elmano-Lia para o governo e Eunício-Domingos para o Senado.
Planos de Jade, Mano e Guimarães são impactados

O desenho que poderá levar Lia Gomes para vice de Elmano e Domingos Filho para o Senado mexe com os planos de pelo menos três personagens.
Jade Romero (MDB), atual vice, tem intenção de repetir a candidatura.
O deputado federal Júnior Mano (PSB), lançado ao Senado por Cid, terá de se contentar com tentativa de reeleição.
O mesmo pode acontecer com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT).
O parlamentar vem numa intensa campanha para entrar na chapa encabeçada por Elmano.
O papel de Chagas Vieira
A coalizão liderada por Elmano tem quantidade excessiva de pré-candidatos ao Senado e vice.
Como aqui já cantado em prosa e verso, o formato tem grande potencial de desagradar diversos personagens.
Menos Chagas Vieira.
Um dos cotados, o atual chefe da Casa Civil vem recebendo reconhecimento público das maiores lideranças do grupo.
Mas ele é do projeto em curso – diferentemente de muitos.
Assim, o aliado de primeiríssima hora, comunicativo e combativo secretário poderá exercer papel estratégico na campanha de reeleição.
Não, necessariamente, concorrendo a algum posto.