

Galanteado pelo PSDB, com quem já teve um caso de sucesso, o ex-ministro Ciro Gomes (ainda no PDT) está sendo paquerado pelo União Brasil.
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De momento, ele é pré-candidato à sucessão do governador Elmano de Freitas (PT).
Mais recentemente, o ex-governador cearense vem sendo flertado pelo Partido Progressista (PP).
Como se sabe, há a federação União Progressista praticamente selada entre UB e PP.
Mas há pontas soltas no Ceará.
O PP vai desembarcar do Abolição? Quem vai presidir a federação no Estado?
Tudo somado, misturado e considerado, significa que Ciro Gomes não precisa decidir agora.
Com essas e outras interrogações, é um risco político gratuito para o pré-candidato.
Por outro lado, o ambiente de aparente indecisão pode até ser um ativo.
É só lembrar o rebuliço na política do Ceará a partir da entrada de Ciro no jogo para 2026.
Pelo menos é o que dizem alguns índices de pesquisas feitas para consumo interno.
Aguardar pode ser, inclusive, um bom exercício de calma, equilíbrio e parcimônia para Ciro.
Há quem diga que ele precisa um pouco disso.
O que Eunício tem a oferecer à base de Elmano?

A pergunta acima foi feita por importante interlocutor da Coluna, com vivência nas entranhas políticas do Ceará.
Motivo: na edição da última sexta-feira (15), aqui foi cravado que o deputado federal e presidente do MDB-CE, Eunício Oliveira, deve entrar na chapa majoritária encabeçada por Elmano de Freitas (PT).
O leitor disse que o governo não precisa de estrutura, apoio partidário e tempo no rádio e TV mais do que já tem.
A gigantesca coalizão governista no Ceará já teria mais do que o suficiente.
O tempo dirá se o interlocutor tem ou não razão – e o que foi oferecido por Eunício ao Abolição.
Cabritas
Aqui no Brasil, é atribuída ao ex-presidente José Sarney a pérola “o poder é afrodisíaco”.
Deve ser. Para, pelo menos, um parlamentar cearense, que teve sua vida vasculhada por tribunal de Brasília.
E pensar que cenas de alcova tinham deixado de interferir em decisões judiciais.
Ora ora. Como se dizia antigamente – hoje politicamente incorreto -, prenda suas cabritas, que meus bodes estão soltos.
Cálcio
Cenas de alcova e laços familiares não deveriam estimular nem entrar – sem trocadilhos -, em conversas e decisões judiciais. Isso não vai resolver o problema.
Fica parecendo aquela piadinha, segundo a qual o membro de um casal descobriu que estava sendo traído (a) e procurou um especialista.
“Doutor, por que meus chifres ainda não apareceram? Estou com carência de cálcio?”
Lei Magnitsky: não é tão simples assim

Por motivos que ainda não estão claros – há quem avalie que mais por corporativismo entre togados do que defesa institucional -, o ministro Flávio Dino (STF), visto como líder do governo Lula na Corte, decidiu que leis estrangeiras não valem, automaticamente, no Brasil.
Em termos simples, o magistrado estaria protegendo o colega de cadeira caramelo, Alexandre de Moraes, recentemente alvo da temida Lei Magnitsky.
O problema é que não é simples assim. Nunca foi.
Basta olhar a lista de outras 15 pessoas sancionadas no Brasil sob os mesmos critérios – bloqueios absurdamente rígidos, reservados a criminosos de referência global.
Lá estão figurões do Hezbollah, Al-Qaeda e Hamas – vários deles com múltiplas nacionalidades. Não é o caso de Moraes.
Nesta quarta-feira (20), o Brasil amanheceu com a notícia de que as maiores instituições financeiras que operam internacionalmente – particularmente, nos EUA -, perderam mais de R$ 40 bilhões em valores de mercado.
Para comparar: o orçamento do Governo do Ceará para 2024 está em R$ 37,3 bilhões.
As ações despencaram em razão das incertezas e consequências jurídicas entre a decisão de Flávio Dino e possíveis retaliações da Casa Branca.