
Parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL) reagiram com ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois do indiciamento do ex-presidente e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sob suspeita de coação, além da operação que atingiu o pastor Silas Malafaia nesta quarta-feira, 20.
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A Polícia Federal aponta que Bolsonaro e o filho tentaram obstruir o julgamento da trama golpista em curso no Supremo. O relatório final da investigação, entregue ao tribunal na sexta-feira, 15, indica indícios de crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.
Na Câmara, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez duras críticas a Moraes e o acusou de chefiar uma “ditadura”:
“Tome cuidado com o que Vossa Excelência está fazendo. Nós não vamos recuar. Para cada preso da direita, se multiplicarão milhões nas ruas contra sua ditadura.”
Ele também afirmou que o ministro “rasgou a Constituição” e “terá de acertar contas com a Justiça da terra e a divina”.
Outro aliado, o deputado Zé Trovão (PL-SC), chegou a ameaçar Moraes no plenário:
“O seu dia, o seu fim, está próximo e nós vamos acabar com a sua vida.”
Minutos depois, tentou corrigir a fala:
“Não estamos aqui para destruir vidas, e sim as ações erradas. Retiro a palavra.”