
A maior parte dos brasileiros é favorável à política de cotas em concursos públicos: 82% defendem a reserva de vagas para negros, indígenas, quilombolas e mulheres, grupo ainda não contemplado pela lei. Além disso, 80% apoiam cotas em cargos de liderança no serviço público.
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A pesquisa, encomendada pelo Movimento Pessoas à Frente, também mostra amplo respaldo a mecanismos de proteção para servidoras: 92% apoiam redes de apoio às mulheres e 89% são favoráveis a programas de combate ao assédio.
Entre os que defendem cotas em concursos, 12% concordam apenas parcialmente. No caso de lideranças, o índice de apoio parcial é de 16%. A rejeição às cotas chega a 17% nos certames e 19% para cargos de chefia.
Apesar do avanço das políticas afirmativas, a equidade de gênero ainda está distante. Mulheres representam 44,5% do funcionalismo federal, mas só 42,3% das lideranças. Entre elas, as negras ocupam apenas 15,4% dos cargos de chefia, enquanto homens brancos são 33%.
O tema ganhou destaque após o resultado do Concurso Nacional Unificado (CNU). Embora as mulheres fossem maioria entre inscritos (56%), foram apenas 37% das aprovadas. O Ministério da Gestão e Inovação decidiu adotar ação afirmativa para que elas representem ao menos metade dos classificados na segunda etapa.