O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente nos Estados Unidos, encaminhou um ofício ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitando autorização para exercer o mandato de forma remota, a fim de evitar processo de cassação por faltas. Ele também pede que suas prerrogativas parlamentares sejam preservadas.
Siga o Poder News no Instagram
No documento, Eduardo afirma que sua permanência no exterior não foi planejada, mas forçada por “perseguições políticas”, citando o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem acusa de agir “fora dos limites constitucionais”. Segundo ele, a Câmara criou precedente para o trabalho remoto durante a pandemia, mas sua situação representaria uma crise institucional ainda mais grave.
A Polícia Federal indiciou Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro na semana passada por suspeita de obstrução no caso da trama golpista. O deputado, no entanto, diz que o indiciamento é indevido e resultado de sua “atividade parlamentar legítima no exterior”.
Eduardo tirou licença de 120 dias em março e viajou aos EUA. O afastamento terminou em julho, e desde então ele tem acumulado faltas às sessões. Pela Constituição, parlamentares podem perder o mandato se faltarem a um terço das sessões ordinárias sem justificativa. Porém, isso só pode ser analisado pela Câmara no ano seguinte, o que significa que Eduardo não corre risco de cassação por faltas antes de 2026.