
A defesa do general Walter Braga Netto afirmou nesta quarta-feira, 3, no STF, que a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid é viciada e deveria ser anulada. Segundo o advogado José Luis de Oliveira Lima, conhecido como Juca, os termos foram firmados apenas com a Polícia Federal, sem participação do Ministério Público; não há provas de corroboração; e há indícios de coação contra o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).
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Juca também criticou a condução do processo por Alexandre de Moraes e o tempo reduzido para análise das provas. Ele foi o último a sustentar oralmente pela defesa dos réus do núcleo central da trama golpista, após a acusação apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A defesa rebateu especialmente a acusação de que Braga Netto teria financiado ações violentas. Segundo o advogado, Cid apresentou “sete versões diferentes” sobre locais e horários da entrega de dinheiro. “Na acareação, não se recordava. Disse que podia ser na garagem, na biblioteca ou no estacionamento do Alvorada. É essa fala que vai colocar meu cliente na cadeia por mais de 30 anos?”, questionou.