
Em encontro com lideranças e influenciadores das periferias em Belo Horizonte, o presidente Lula (PT) alertou para o “risco de anistia” ao falar sobre o Congresso Nacional e destacou a importância de eleger mais representantes de comunidades periféricas.
Siga o Poder News no Instagram
Líderes do centrão e da oposição articulam no Congresso um projeto de perdão amplo a todos os envolvidos na trama golpista de 2022 e nos ataques de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O governo de Bolsonaro também foi mencionado em outra agenda de Lula nesta quinta, durante a cerimônia de lançamento do Programa Gás do Povo, que substituirá o Auxílio Gás e fornecerá botijões gratuitos a 15,5 milhões de famílias, beneficiando cerca de 50 milhões de pessoas.
No Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, Lula afirmou que “estamos em um momento delicado” e ressaltou a necessidade de “politizar as nossas comunidades”. “Precisamos combater a fake news. A mentira voa, a verdade engatinha”, disse ele, acompanhado da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O presidente também enfatizou a importância do feedback das comunidades: “Se vocês não cobrarem, a gente pensa que as coisas estão bem. Não quero que sejam chapa branca. Quero que sejam verdadeiros”.
O petista defendeu ainda a presença de representantes periféricos no Congresso: “Temos dois deputados do MST e 240 ruralistas, como vamos aprovar as coisas? O maior castigo de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta. E se quem gosta é indiferente, continuaremos padecendo”. Lula reforçou a relevância da democracia, lembrando que ela vai além do direito de votar: “É direito de governar, dar palpite, apresentar reivindicações, ajudar a administrar. Muitas vezes, quem sabe fazer as coisas não é o governo, são vocês”.