

O debate sobre criminalidade no Ceará e suas relações intestinais com a disputa eleitoral do ano que vem já faz suas primeiras vítimas, para além da população, cada vez mais refém das facções.
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Sob fogo cruzado entre palacianos e opositores, o bom senso e a responsabilidade política estão sendo trucidados, num ambiente em que cada lado vê tão somente seus interesses imediatos.
O governo Elmano investe – equipamento, pessoal e tecnologia -, e age pesado contra facções. Os números de prisões e apreensões em alta e os índices de crimes em queda estão aí. São fatos.
Mas isso tem se mostrado insuficiente – e o governo do PT é incapaz de fazer uma mea culpa. Prefere nacionalizar e relativizar seu principal gargalo. Esse será o grande mote.
Já a oposição segue no seu ritual de explorar a barbárie e a assumida impotência do poder público no enfrentamento ao crime organizado. Mas também é incapaz de dizer o que fará ou faria, se estivesse no lugar dos atuais governantes.
Insana, a política cearense – assim como a brasileira -, vive numa guerra de narrativas sem fim, como as facções, que palmilham o território cearense.
Assim, entre eleições e criminalidade, cada lado político cearense já escolheu suas armas, com a verdade aumentando as estatísticas de mortos ou feridos.
Nacionalizar não resolve – vide fronteiras permeáveis

A PEC da Segurança Pública – espécie de bote salva-vidas para quem nacionaliza o debate sobre criminalidade -, não vai resolver.
O governo federal não tem sequer controle sobre as fronteiras – haja vista o tráfico de drogas e armas, que corre solto por terra, mar e ar – inclusive, do Ceará para o mundo.
Ora, se a União não dá conta de suas responsabilidades privativas, o que poderá fazer simplesmente mudando perfis de corporações e centralizando ações em Brasília?
Pouco ou quase nada.
Leitura atual e necessária
O advogado e pesquisador Diego Lira lança a obra “Democracia e Pós-Verdade: a batalha entre a credibilidade e a desinformação nas redes sociais”.
Lira analisa como a disseminação de fake news e a manipulação digital ameaçam a democracia.
O autor mostra como a pós-verdade e a desinformação fragilizam a credibilidade das instituições. Lira explora o papel das redes sociais na propagação de narrativas falsas.
A partir desse universo, o autor reflete sobre a necessidade de mecanismos jurídicos e sociais que garantam a confiança pública, sem comprometer a liberdade de expressão.
Dinheiro e política
Vejamos como dinheiro e política caminham muito juntos, a despeito das retóricas que abundam em contrário.
Quando Bolsonaro e arredores entraram na mira do STF, o aliado governo de Donald Trump baixou medidas econômicas pesadas contra o Brasil.
As condenações vieram e a Casa Branca já ameaça novas medidas contra o País e autoridades.
IR e anistia
No Congresso Nacional, a briga agora é tentar passar a anistia, para, num bom cenário, livrar Bolsonaro e os seus das penas a que foram submetidos pela Justiça brasileira.
A estratégia de vincular a aprovação do IR à anistia é a mesma do tarifaço contra o julgamento do ex-presidente pelos atos antidemocráticos.
A diferença é somente a troca do CNPJ pelo CPF.
Alece é homenageada em Minas Gerais

Uma das mais atuantes e transparentes do Brasil, a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), na pessoa do presidente da Casa, Romeu Aldigueri (PSB), foi homenageada pela congênere mineira – que também faz 190 anos de instalação.
Romeu recebeu uma medalha comemorativa que celebra a trajetória do parlamento mineiro e a medalha da Ordem do Mérito Legislativo.
A honraria é concedida a personalidades que se destacam na área pública – foi entregue pelo presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB).
“É uma grande honra representar o Ceará neste momento histórico e reafirmar que um Legislativo forte é essencial para garantir avanços e conquistas para o nosso povo”, agradeceu Romeu.