
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou nesta quarta-feira (17) questionamentos de PT, PSOL, Novo, PSB e do deputado Kim Kataguiri (União-SP) contra a manobra que ressuscitou o voto secreto na PEC da Blindagem. A decisão gerou críticas de partidos de oposição, que classificaram a estratégia como “escandalosa” e “inconstitucional”.
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Líderes como Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) prometeram acionar a Justiça. Motta ironizou Lindbergh, dizendo ser “direito de Vossa Excelência ir ao Supremo, como faz quase que diariamente”, e afirmou que a maioria alcançada demonstra apoio político ao voto sigiloso.
A manobra foi possível por meio de emenda aglutinativa apresentada pelo relator Claudio Cajado (PP-BA), que justificou que a votação anterior, derrubando o voto secreto, ocorreu tarde da noite, quando muitos deputados já haviam deixado a sessão. Deputados críticos dizem que o movimento fere o regimento, pois o segundo turno só permitiria supressão de texto.
O centrão articula a PEC como forma de blindar parlamentares e pode retaliar o governo Lula pelo posicionamento contrário do PT. Após a conclusão da votação na Câmara, a proposta ainda precisa ser aprovada em dois turnos no Senado para entrar em vigor.