
A Caixa Econômica Federal ainda enxerga um “desafio grande” no segmento do agronegócio, disse o presidente-executivo Carlos Vieira nesta quinta-feira (18), após o balanço do 2º trimestre mostrar forte alta na inadimplência do setor. O banco pretende manter a carteira de crédito rural entre R$ 61 bilhões e R$ 63 bilhões enquanto avalia melhor o cenário.
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A inadimplência do agro chegou a 7,02% no trimestre, alta de 4,9 pontos percentuais em um ano. A vice-presidente de Riscos, Henriete Bernabé, afirmou que ainda espera uma piora, mas que o risco está “precificado”. Ela destacou medidas do governo, como a liberação de R$ 12 bilhões para renegociação de dívidas e flexibilização de critérios de cura de créditos, como fatores que devem ajudar.
Bernabé também citou aumento da inadimplência entre pequenas empresas, tendência que considera generalizada no mercado. A carteira de crédito comercial para pessoa jurídica somou R$ 105,8 bilhões no fim de junho, com inadimplência de 11,28%, ante 7,01% no ano anterior.
Vieira afirmou que o banco busca reposicionar sua atuação com grandes empresas e expandir operações com debêntures para reduzir o custo de capital das companhias. “Muitas empresas estão nos procurando para fazer operações de debêntures”, disse o executivo.