

Antes espécie de subproduto das disputas majoritárias nacionais, a composição do Congresso Nacional, atualmente, nunca foi tão relevante.
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Há umas três legislaturas, deputado federal, por exemplo, era patinho feio em Brasília. Vivia de migalhas do Executivo. Mudou muito.
A força destes parlamentares no Orçamento da União e a altivez política diante dos demais Poderes não encontram paralelo na história da República do Brasil.
Os debates – e as votações -, sobre prerrogativas do Congresso e a disputa político-eleitoral em curso que o digam.
A semana que chega ao fim teve a apelidada PEC da Blindagem – com direito à ressurreição de voto secreto -, e a mais polêmica ainda aceleração na proposta de anistia a bolsonaristas.
Tanto num caso como noutro, o placar foi elástico, pró-blindagem e a favor da urgência para tentar livrar ou amenizar a situação dos condenados pelo STF.
A Câmara dos Deputados e o Senado mesclam atribuições compartilhadas e privativas. O atual governo diz priorizar a corrida à Casa Revisora.
Os fatos recentes mostram que, do ponto de vista dos interesses do Planalto, isso é um erro. Como vimos, deputados federais, agindo em bloco, têm potencial de mudar cenários.
Isso serve para os vitoriosos e os perdedores da semana.
Sobre anistia, bom senso e terceira via nas eleições 2026

Nas primeiras falas públicas, o relator do projeto que tentará aglutinar as propostas em torno da anistia a bolsonaristas, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), disse que vai buscar diálogo e equilíbrio, mais ao centro das ideias, em detrimento das extremas direita e esquerda.
Se o plano funcionar, será uma demonstração de que há saída para a polarização nacional. Muitos não querem isso. Mas muitos não são todos. É pacificação que se chama? Alô terceira via!