
O dólar encerrou em alta de 0,32% nesta segunda-feira (22), cotado a R$ 5,3381, na contramão do recuo global da moeda norte-americana — o índice DXY cedia 0,31% às 17h. O movimento refletiu ajustes locais e cautela dos investidores diante de declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do anúncio de novas sanções dos Estados Unidos.
Siga o Poder News no Instagram
Em evento do BTG Pactual em São Paulo, Haddad defendeu o fortalecimento do arcabouço fiscal, afirmando que é preciso criar condições políticas para discutir ajustes de regras com o Congresso. O ministro destacou não ver norma fiscal melhor que o atual arcabouço e defendeu o combate a desperdícios, citando supersalários no serviço público e Previdência de militares.
As cotações do dólar mantiveram o viés de alta durante os comentários de Haddad, prolongando o movimento de ajuste iniciado após as decisões de juros no Brasil e nos EUA na semana passada. O Banco Central brasileiro manteve a Selic em 15%, enquanto o Federal Reserve reduziu os juros para o intervalo de 4% a 4,25%.
No radar dos investidores esteve ainda a decisão dos EUA de sancionar Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes, e o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, sob a Lei Magnitsky. Moraes foi relator do processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.