
O envelhecimento da população brasileira avança em ritmo acelerado e já começa a redefinir prioridades nas áreas da saúde e assistência social.
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De acordo com o IBGE, em 2023, pessoas com 60 anos ou mais representavam 15,6% da população – superando, pela primeira vez, a faixa etária de 15 a 24 anos.
Esse grupo já soma cerca de 33 milhões de brasileiros, e a tendência é de crescimento contínuo. As projeções indicam que, até 2070, o país terá aproximadamente 75,3 milhões de idosos, o que corresponderá a 37,8% da população (Agência IBGE de Notícias).
Enquanto esse envelhecimento levou mais de um século para se consolidar em países europeus, no Brasil ele ocorre em poucas décadas, criando desafios urgentes para famílias, profissionais da saúde e formuladores de políticas públicas.
O impacto desse processo já é sentido no cotidiano. Milhares de famílias precisam auxiliar parentes idosos em tarefas básicas, como higiene, alimentação e mobilidade – muitas vezes sem qualquer preparo técnico. Segundo o Instituto de Longevidade, a busca por cuidadores cresce de forma contínua, impulsionada por fatores como maior incidência de doenças crônicas, dependência funcional e aumento da expectativa de vida.
Dados da PNAD Contínua revelam que, entre 2019 e 2023, a ocupação formal de cuidadores de idosos aumentou 15%. Apesar disso, a oferta ainda está longe de suprir a demanda, e milhões de famílias acabam assumindo sozinhas essa responsabilidade.