
O encontro inesperado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, foi recebido com otimismo pelo setor produtivo brasileiro. Empresários viram na aproximação uma oportunidade de romper o isolamento imposto pela Casa Branca e abrir espaço para negociações comerciais.
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Representantes de frigoríficos realizaram uma videoconferência pouco depois do discurso de Trump, originalmente marcada para tratar de outros assuntos, mas que acabou dominada pela repercussão do gesto político. O setor de carnes, um dos mais atingidos pelo tarifaço de 50% aplicado pelos EUA, avaliou que o Brasil passou de “um diálogo inexistente” para a chance de uma conversa “delicada, mas necessária” com Washington.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também destacou a importância do movimento. Em nota, o presidente da entidade, Ricardo Alban, disse que a fala de Trump aumenta a expectativa de que Brasil e Estados Unidos abram uma mesa de negociações. “Sabemos que não é uma tarefa fácil, mas temos confiança de que, por meio da diplomacia, o Brasil conseguirá reverter esse cenário. Afinal, Brasil e Estados Unidos mantêm uma relação propositiva de mais de 200 anos, com economias complementares”, afirmou.