

Desde que o mundo é munto, ideias políticas são transportadas no tempo e espaço por homens e mulheres que nelas acreditam ou nelas têm algum tipo de interesse.
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É por isso que, grosso modo, muitas ideias atravessaram milênios até o cotidiano do século XXI.
Isso serve para a política, mas também pode se estender à economia, religião e outras invenções humanas.
Tudo isso para dizer que homens e mulheres de carne e osso são finitos. Já o ideário que criam ou moldam tem prazo indeterminado.
Vejamos o caso de Lula (PT). Indo para a reta final do terceiro mandato de presidente da República, o petista será lembrado por muito tempo, para além do poder temporal.
O mesmo vale para Bolsonaro (PL). Inelegível, preso e condenado, o direitista mantém uma legião de seguidores. O ex-presidente também marca época.
As ideias de Lula e de Bolsonaro seguirão, para além do ciclo vital dos dois. Muito da visão deles vai ficar – em metamorfose ou fossilizada.
O que vai ajudar a definir esse ou aquele rumo será a forma como seus principais herdeiros conduzirão o processo.
Mas, atenção: o novo sempre vem. A primavera sempre chega – como acaba de chegar, com seus exuberantes ipês.
Pesquisa dá sustentação à continuidade de ideias

Para 68,7% dos brasileiros, o bolsonarismo continuará existindo sem Jair Bolsonaro. Outros 20,6% dizem acreditar que não.
Não sabem ou não responderam 10,7%. Os dados são do Instituto de Planejamento Estratégico (Ibespe).
Por diversas vezes aqui já cantada em prosa e verso, a tese do bolsonarismo para além de Bolsonaro ganha contornos científicos.
O mesmo raciocínio aplicado a Lula nem precisa de pesquisa, como mostram a força e o eco políticos do petista.
Nordeste versus Sul
Entre outros pontos, chama a atenção na pesquisa do Ibesp sobre bolsonarismo continuar sem Jair Bolsonaro os índices das regiões Nordeste e Sul.
A primeira registra o maior índice, 74,5%, dos que dizem acreditar na tese. Na outra ponta, estão 65,4%.
Não por coincidência são os polos nacionais do lulismo e do bolsonarismo.
Numa leitura livre, pode-se dizer que a média do eleitorado nordestino vê na continuidade do bolsonarismo a permanência do adversário útil. Já os sulistas parecem presos à personificação e culto ao ex-presidente.
Danilo Forte
O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) é só alegria com a escolha de Nikolas Ferreira (PL-MG) como relator do projeto, de sua autoria, que tipifica facções criminosas como organizações terroristas. “Agora vamos ver quem está, de fato, a favor da bandidagem”, disse Nikolas, ao assumir a relatoria. O mineiro tem 18,6 milhões de seguidores no Instagram.
Aquele abraço
Mesmo cautelosamente, o governo Lula comemora o aceno de Donald Trump ao presidente brasileiro.
O abraço e o elogio podem ser o início da distensão política por que torcem todos os de bom senso.
E, lembremos, poderá valer bilhões de reais, se considerarmos o que está em jogo no tarifaço e nas sanções.
PS: Trump é imprevisível – como foi nesta terça, na ONU.
O retorno do líder

Recuperado de cirurgia a que foi submetido, o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, José Nobre Guimarães (PT-CE), prepara retorno às atividades legislativas com foco em duas pautas centrais.
Serão prioridades aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a retomada da discussão sobre a escala 6×1 para os trabalhadores.
“É hora de a Câmara dos Deputados voltar-se para as reais necessidades da população.
O governo vai trabalhar para aprovar rapidamente a isenção do IR até R$ 5 mil, aliviando milhões de famílias.
Também precisamos destravar a pauta da escala 6×1, uma reivindicação justa em favor dos trabalhadores”, afirmou o petista, importante personagem do jogo sucessório cearense.


