O governo brasileiro deve enviar, na próxima semana, uma nota diplomática ao Departamento de Estado dos Estados Unidos para propor uma primeira conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump. A expectativa é de que o diálogo, por telefone ou videoconferência, só ocorra em outubro, já que a organização de encontros entre chefes de Estado costuma levar até duas semanas.
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O gesto de Trump a Lula durante a Assembleia Geral da ONU foi interpretado no Planalto como um recado à própria burocracia americana, que vinha defendendo sanções contra autoridades brasileiras e bloqueando a aproximação. Na avaliação do governo, alas mais pragmáticas da Casa Branca têm buscado reduzir o tensionamento bilateral.
Diplomatas, no entanto, lembram que o risco de novas sanções ainda existe, apesar de considerado menor. Recentemente, os EUA anunciaram medidas contra familiares e aliados de ministros do STF. No Brasil, o governo avalia que o endurecimento contra Jair Bolsonaro e a perda de força da proposta de anistia reforçaram a posição de Lula e abriram espaço para o início do diálogo.