Os Estados Unidos, que aplicaram em agosto um tarifaço de até 50% sobre exportações brasileiras, continuam como a principal origem dos investimentos diretos no país. Segundo o censo de capitais estrangeiros do Banco Central, divulgado nesta sexta-feira (26), o Brasil encerrou 2024 com um estoque recorde de US$ 1,141 trilhão em investimento estrangeiro direto, o equivalente a 46,6% do Produto Interno Bruto (PIB).
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Do total, US$ 884,8 bilhões correspondem à participação no capital de quase 19 mil empresas e US$ 256,4 bilhões a operações intercompanhia, como empréstimos entre empresas. Os Estados Unidos lideram com US$ 244,7 bilhões, seguidos por Países Baixos, Luxemburgo, França e Espanha. Considerando o país controlador final, os EUA também aparecem em primeiro, com US$ 232,8 bilhões, à frente de França e Uruguai.
O setor de serviços é o principal destino dos aportes, com 59% do total, seguido pela indústria (29%) e pela agropecuária e extrativismo mineral (12%). Entre as atividades que mais recebem capital estrangeiro estão serviços financeiros, extração de petróleo e gás natural, comércio e produtos químicos. No caso dos Estados Unidos, 25% dos investimentos vão para a indústria de transformação e 22% para o setor financeiro.