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Enterrada, fusão entre Gol e Azul estava congelada pelas empresas há meses

Poder News 27 de setembro de 2025
O anúncio, feito pela Abra — holding controladora da Gol —, teve como objetivo pôr fim às especulações em torno da união das duas companhias aéreas / Foto: Agência Brasil

A fusão entre Azul e Gol foi oficialmente descartada na noite de quinta-feira, 25, mas, na prática, o processo já estava congelado desde junho, segundo fontes próximas às negociações.

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O anúncio, feito pela Abra — holding controladora da Gol —, teve como objetivo pôr fim às especulações em torno da união das duas companhias aéreas.

O memorando de entendimentos foi assinado em janeiro, quando a Gol ainda enfrentava uma reorganização financeira via Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA).

A Azul, apesar de também passar por dificuldades, vivia um momento relativamente mais estável. A proposta previa fusão com governança compartilhada, mas com a Azul controlando a maior fatia da nova empresa, enquanto a Gol teria cerca de 10% das ações.

No entanto, após concluir sua recuperação judicial no fim de maio, a Gol viu a situação se inverter: semanas depois, foi a Azul quem aderiu ao Chapter 11. A empresa então comunicou à Abra que sua prioridade agora era reestruturar suas finanças, colocando a fusão em segundo plano.

A Azul adotou uma abordagem mais agressiva em sua recuperação, garantindo US$ 1,6 bilhão em financiamento com credores e mais US$ 300 milhões em aportes da United Airlines e da American Airlines — esta última, parceira estratégica da Gol, o que causou certo desconforto nos bastidores.

Os balanços financeiros das duas empresas refletem seus momentos distintos. No segundo trimestre, a Azul registrou lucro de R$ 1,2 bilhão, revertendo prejuízo anterior, enquanto a Gol teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão, embora menor que o registrado no mesmo período de 2024.

Antes do anúncio ao mercado sobre o cancelamento da fusão e do fim do codeshare (compartilhamento de voos), a Abra notificou a Azul. Apesar do tom mais duro no comunicado da holding, fontes afirmam que a separação ocorreu de forma pacífica, com ambas as partes decidindo seguir caminhos independentes.

Nos bastidores, há quem avalie que a Abra agiu de forma emotiva ao comunicar o rompimento, o que não refletiria o tom real das negociações. Segundo executivos do setor, a Gol não participou diretamente das conversas — conduzidas apenas entre Azul e Abra —, o que é visto como uma estratégia que permite maior foco da companhia na operação aérea.

O acordo de codeshare entre as empresas também não atingiu as expectativas. A proposta era complementar rotas nas quais uma tivesse presença mais forte, mas o compartilhamento foi mínimo e pouco efetivo. Além disso, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) exigiu a apresentação das rotas envolvidas, o que acelerou a decisão de encerrar a parceria.

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