
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou nesta segunda-feira (29) um pedido à Mesa Diretora e ao Conselho de Ética para afastar o deputado Delegado Marcelo Freitas (União-MG) da relatoria do processo que pode levar à cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido alega falta de imparcialidade do relator, que já declarou publicamente amizade com o filho do ex-presidente e apoio às teses bolsonaristas.
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No documento, o PT cita que Freitas defendeu a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, pediu o impeachment de ministros do STF e classificou as condenações como uma “vergonha” para o Judiciário. A sigla argumenta que a permanência do relator comprometeria a credibilidade do Conselho de Ética e pede a escolha de um novo nome entre os sorteados, Paulo Lemos (PSOL-AP) ou Duda Salabert (PDT-MG), para garantir isenção.
O processo, instaurado no dia 23, apura a conduta de Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde fevereiro e tem atuado politicamente contra o Brasil. Marcelo Freitas afirmou que conduzirá o caso com imparcialidade e que manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro não interferem em sua atuação como relator.