
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou para baixo a previsão de inflação de 2025, de 5,2% para 4,8%, acompanhando o recuo dos preços dos alimentos e a valorização do real frente ao dólar. A projeção se refere ao IPCA, indicador oficial do IBGE, que registrou deflação de 0,11% em agosto e alta de 5,13% em 12 meses.
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Segundo o Ipea, o câmbio mais favorável reduziu pressões sobre alimentos, combustíveis e bens industriais. A inflação do grupo de alimentos foi ajustada de 6,7% para 4,4%, com destaque para a safra recorde e maior oferta. Já os serviços devem continuar com alta de 6,2%, sustentados pelo mercado de trabalho aquecido e taxa de desemprego de 5,6%, a menor da série histórica.
A nova projeção do Ipea converge com as estimativas do Banco Central e do mercado, ambas em torno de 4,8%. Apesar da moderação, o órgão alerta que o avanço ainda é gradual e depende de juros elevados: a Selic está em 15% ao ano, o maior patamar desde 2006. O INPC, que mede a inflação das famílias de menor renda, foi reduzido de 4,9% para 4,5%.