
A polarização política não parte de um projeto de país, estado ou cidade. Quem pratica ou apoia esse tipo de extremismo rasteiro está se lixando para o bem coletivo.
Essas turmas – à direita ou à esquerda -, focam, meramente, em seus interesses de poder.
Já percebeu que quem atua nos polos políticos nunca é propositivos? Porque, simplesmente, não têm o que propor.
Pode testar: um polarizado não aguenta três minutos de conversa fora dos clichês e patifaria verbal.
O tipo de que estamos tratando aqui não consegue sequer raciocinar para responder a um questionamento – porque no meio da frase do interlocutor já imagina saber como aniquilar o inimigo. Isso mesmo.
Para o embolhado, é disso que se trata: eliminação.
A internet é uma mão na roda. Não exclusivamente, mas é onde mais estão ou se manifestam as tribos digitais.
Os mais exaltados não leem nem se aprofundam em nada – estão mais ocupados em digitar asneiras para detratar reputações.
Gente polarizada olha e já repassa links – por viver numa bolha, certamente concorda com tudo que lá está -, numa ciranda que mistura irresponsabilidade com ingenuidade cínica.
São os radicais úteis – o exército de reserva de seus adestradores com apito de cachorro na boca. Desconfie de quem tem pelo menos um desses tipos de TPC – Transtorno Político Compulsivo.
A superficialidade premia quem não precisa pensar

Como dito acima, quem vive em bolhas políticas não se aprofunda no debate. A superficialidade já lhe basta.
O espaço vazio é preenchido com o culto ao personalismo do líder maior.
O agravante: sem conteúdo crítico que possa lhe fazer enxergar para além dos arredores imediatos, o eleitor embolhado vira presa fácil para qualquer narrativa. Aceita sem questionar nada.
Para quem já está convencido da ideia geral, os detalhes não importam.
Os adestradores sabem disso.
Hugo Motta perde força
Na semana passada, o Senado enterrou a PEC da Blindagem – um pacote de itens corporativos que a Câmara dos Deputados se arvorou no direito de ter. O desgaste ficou para a Casa.
Nesta segunda-feira (29), a pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AC), o ministro Luiz Fux (STF) barrou o aumento do número de deputados para 2026 – a ampliação de 513 para 531 cadeiras será apenas em 2030. Outro ponto negativo.
São duas derrotas importantes, que dizem muito da pouca força do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).
Justiça e política
Há um adágio segundo o qual não se fala sobre corda em casa de enforcado.
O erudito Luiz Edson Fachin, novo presidente do STF, ignorou a recomendação da sabedoria popular e, na posse dele, disse que sob sua gestão, justiça e política serão separados.
Ele só não afirmou como pretende fazê-lo. Quer obra mais política do que uma constituição de república?
Freud explica
Freud diz que quem tem fome fala de comida; quem não tem dinheiro fala de dinheiro e assim por diante.
Quando Fachin disse que o STF não misturará justiça com política ficou no ar, numa adaptação freudiana, uma vontade danada de achar que isso vem sendo feito no Supremo.
Nada demais. Como se sabe, ali tem muito disso – das indicações às decisões.
Para servir melhor à sociedade

Em um gesto simbólico e estratégico para o fortalecimento da atuação conjunta entre as instituições, o procurador-geral de Justiça do Ceará, Haley Carvalho, conduziu, nesta terça-feira (30), em Fortaleza, concorrida solenidade para a instalação da nova sala de apoio do Ministério Público do Estado no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).
A iniciativa marca um avanço importante na presença institucional do MP junto ao Judiciário cearense, promovendo maior proximidade com os cidadãos e melhores condições de trabalho para os membros do Ministério Público.
O presidente em exercício do TJCE, desembargador Mauro Liberato, enfatizou a importância da união institucional como caminho para melhor servir à sociedade.