
Empresas de mineração de criptomoedas estão negociando com geradoras brasileiras para aproveitar o excedente de energia renovável e evitar sobrecarga na rede. Há pelo menos seis projetos em andamento, incluindo um megainvestimento de até 400 MW, segundo a Reuters. A Renova Energia, por exemplo, desenvolve um projeto de US$ 200 milhões na Bahia para alimentar data centers com energia eólica.
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A movimentação ocorre após o anúncio da Tether, que pretende usar energia limpa no Brasil. Outras empresas, como Enegix, Penguin e Bitmain, também avaliam acordos no país, especialmente no Nordeste, região com maior sobra de energia solar e eólica. As geradoras, como Casa dos Ventos, Atlas e Eletrobras, veem na mineração uma oportunidade de monetizar energia ociosa.
Apesar do potencial econômico, especialistas alertam para desafios como falta de regulamentação, uso de água no resfriamento das máquinas e limitações na infraestrutura elétrica. Ainda assim, o setor é visto como estratégico para o aproveitamento sustentável da matriz energética brasileira.