
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (2) que as denúncias sobre fraudes no INSS poderiam ter sido investigadas ainda durante a gestão de Sergio Moro no Ministério da Justiça. Segundo ele, Moro recebeu alertas sobre os descontos irregulares, mas não acionou a Polícia Federal nem a CGU para apurar o caso.
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Durante a sessão da CPMI do INSS, Moro rebateu dizendo que, à época, quatro entidades foram suspensas e os descontos associativos caíram pela metade, criticando a atual gestão. Carvalho respondeu que, mesmo com as suspensões, não houve ressarcimento aos aposentados lesados, cujo prejuízo é estimado em R$ 400 milhões.
O ministro reconheceu que houve demora das instituições públicas nas investigações, iniciadas em 2024, mas ressaltou que as denúncias já existiam desde 2018. O esquema, revelado pela Operação Sem Desconto, envolvia descontos irregulares na folha de pagamento de aposentados e pensionistas e causou um rombo de cerca de R$ 6 bilhões.