
Após desgaste com votações impopulares, a Câmara dos Deputados busca reconstruir sua imagem ao priorizar projetos ligados a demandas sociais e crises recentes. O novo foco é a investigação das intoxicações por metanol, que já somam mais de 110 casos suspeitos no país. O relator Kiko Celeguim (PT-SP) trabalha em um parecer sobre o tema, enquanto outras propostas de apelo público também avançam.
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A Casa tem apostado em pautas com maior aceitação popular, como a ampliação da proteção a crianças nas redes sociais, aprovada após denúncias de exploração de menores, e pretende votar ainda neste ano a PEC da segurança pública. A estratégia visa afastar o plenário de temas que geraram críticas, como a PEC da Blindagem, e aproximar os deputados das demandas do eleitorado.
A crise do metanol reacendeu a disputa por protagonismo entre o governo federal e o de São Paulo. Enquanto a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura atuam em conjunto para rastrear a origem do produto adulterado, a Polícia Civil paulista já interditou fábricas e apreendeu milhares de bebidas. O episódio expõe o avanço das falsificações no país, que movimentam cerca de R$ 62 bilhões anuais.