
O Dia das Crianças é sinônimo de lazer, mas também traz um lembrete importante para famílias que vivem em condomínios: os cuidados com a segurança dos pequenos em áreas comuns. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes domésticos são a principal causa de óbito entre crianças até 14 anos de idade. Anualmente, cerca de 3,6 mil crianças morrem vítimas de acidentes em casa e outras 111 mil precisam ser hospitalizadas.
Siga o Poder News no Instagram
Em Fortaleza, episódios recentes reforçam a importância do tema e a necessidade de prevenção contínua. Casos envolvendo quedas e atropelamentos chamaram a atenção para a adoção de medidas simples, mas eficazes, que ajudam a reduzir riscos no dia a dia.
No campo legislativo, já há avanços. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 810/25, que obriga condomínios a implantarem medidas de proteção em áreas de risco. Na Paraíba, por exemplo, a Lei nº 13.087/2024 passou a exigir dispositivos como pisos antiderrapantes e grades, além de restringir a permanência de menores desacompanhados em espaços coletivos.
Para Laís Soares, diretora do Grupo Atitude, empresa especializada em gestão condominial em Fortaleza, a responsabilidade deve ser compartilhada entre síndicos e moradores. “Redes de proteção, sinalização, pisos antiderrapantes e manutenção constante não podem ser vistos como opcionais. É preciso que síndicos, gestores e famílias atuem em conjunto para garantir um ambiente mais seguro”, afirma.
Laís lembra que a segurança vai além da infraestrutura. “Brincar é essencial para o desenvolvimento, mas deve ocorrer em ambientes preparados e com supervisão. A educação condominial, com regras claras de convivência, é tão importante quanto os equipamentos de proteção”, acrescenta.
Ela também destaca o papel da conscientização: “Cartilhas, palestras e ações em datas comemorativas são ferramentas eficazes para engajar os moradores. Quando a comunidade se mobiliza, o espaço coletivo se torna mais seguro e acolhedor para as crianças”.