
O Brasil tem apresentado crescimento expressivo no número de empresas novas, porém a maioria não se enquadra no chamado empreendedorismo transformacional, caracterizado por gerar crescimento sustentável, empregos de qualidade e elevação significativa da produtividade.
Siga o Poder News no Instagram
O que o estudo chama de empreendedorismo transformacional são empresas de alto crescimento, que disseminam novas tecnologias e têm impacto real sobre produtividade e qualidade do trabalho. No Brasil, afirma o Banco Mundial, esse tipo de dinamismo empresarial ainda não é a norma. Em vez disso, o avanço empresarial tem sido fortemente impulsionado pelo regime de Microempreendedor Individual (MEI), que responde por quase metade das novas empresas formalizadas no país.
Porém, apesar de sua importância numérica, os MEIs têm desempenho inferior em termos de produtividade e criação de empregos em grande escala. As empresas desse tipo têm taxas de sobrevivência menores e, quando empregam, oferecem salários significativamente mais baixos do que outras categorias empresariais.
“O programa MEI reduziu muito os custos de formalização, desencadeando um aumento no registro de empresas. No entanto, isso não se traduziu em ganhos substanciais em termos de crescimento das empresas ou geração de empregos”, destaca o relatório. Isso mostra, segundo o Banco Mundial, que facilitar formalidades não basta para fomentar empreendedorismo inovador e dinâmico.