
O Governo do Estado do Ceará deu um passo significativo para o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo com o lançamento oficial do Plano Estadual de Economia de Impacto do Ceará – Ceará Edimpacto.
Siga o Poder News no Instagram
A solenidade, realizada nesta terça-feira (7), em parceria entre a Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e o Comitê Estadual de Negócios de Impacto (Ceni), reuniu autoridades, setor privado, academia e sociedade civil para consolidar o estado como referência nacional no setor.
Durante a cerimônia, o secretário da SDE, Domingos Filho, enfatizou a relevância do planejamento e a necessidade de esclarecer o conceito de negócios de impacto em todo o território cearense. “É fundamental que possamos proclamar mais e esclarecer mais o significado de negócios de impacto, isso só é possível se engajarmos um planejamento alinhado com os municípios do estado do Ceará,” afirmou o secretário.
Domingos Filho destacou que a iniciativa é resultado da “ousadia do governador Elmano de Freitas e do incentivo da diretora da Somos Um, Ticiana Rolim, que visa mitigar as desigualdades sociais e ao mesmo tempo em harmonia com a natureza e com a sustentabilidade”.
O titular da SDE expressou ainda o objetivo de que o estado seja protagonista, apoiando pequenas, médias e grandes empresas para que o Ceará seja “reconhecido nacionalmente por iniciativas que encorajem a ousadia no seu povo, no intuito que os negócios de impacto no Ceará sejam reconhecidos por receberem incentivos do estado.”
O diretor de Fomento da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), Luís Eduardo Barros, citou os seis eixos de atuação do plano como ampliação da oferta de capital. “Os negócios de impacto do Ceará estão estruturados com os eixos de aumento do número de negócios de impacto; fortalecimento das organizações intermediárias; marco institucional e normativo favorável; articulação interfederativa; fomento a estudos e pesquisas”, informou.
Segundo Barros, a estruturação busca “melhor ofertar negócios que geram renda e também que têm um impacto social, que inclua os menos favorecidos, respeitando o meio ambiente, principalmente.”
A diretora da Associação Somos Um, Ticiana Rolim, destacou sua experiência em empreendedorismo social e a articulação com o governador Elmano de Freitas para estimular a economia de impacto. Ela ressaltou a importância crescente de medir o impacto, tratando-o como um fator crucial para a sobrevivência no mercado.
“Não faz sentido investirmos quando ao mesmo tempo estamos desmatando florestas,” disse Rolim, que destacou a relevância de empreendedores produzirem relatórios de impacto como “sobrevivência de fechar contratos e de vencer licitações públicas.”
Ela defendeu o alinhamento de valores entre filantropia e investimentos de impacto para impulsionar empreendedores sociais. “É sobre fazer o pequeno, o médio e o grande, no âmbito do empreendedorismo social. Toda organização tem seu talento,” concluiu.
Ceará Edimpacto
O Ceará Edimpacto está alinhado à Estratégia Nacional da Economia de Impacto (Enimpacto 2021–2030) e visa gerar impacto socioambiental positivo, interiorizar políticas e fortalecer negócios emergentes por meio de um modelo de governança colaborativa.
O plano bianual, estruturado em seis eixos estratégicos, prevê 24 ações concebidas para funcionar como um laboratório de aprendizado e fortalecimento do ecossistema de impacto no estado.
Com o lançamento do documento, o estado consolida sua aposta em um modelo de desenvolvimento que une inovação, crescimento econômico e responsabilidade social e ambiental.
As diretrizes do Plano foram detalhadas por Michele Ribeiro, cofundadora do Impact Hub Fortaleza.
A cerimônia de lançamento contou com a presença de diversos representantes de organizações que compõem o ecossistema de impacto, incluindo SDE, Adece, Sefaz, Uece, UFC, BNB, Sebrae-Ceará, Fiec, Fecomércio, Faec, além de entidades como o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE) e a Coalizão pelo Impacto Fortaleza.