
A China interrompeu a compra de soja dos Estados Unidos, e o Brasil passou a ocupar o espaço deixado pelos produtores norte-americanos. Segundo a American Farm Bureau Federation, as exportações dos EUA ao mercado chinês caíram quase 78% entre janeiro e agosto deste ano em comparação com 2024, reflexo da guerra tarifária entre as duas potências, que elevou em cerca de 20% as taxas sobre o grão norte-americano.
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Apesar da queda nas compras dos EUA, a demanda chinesa por soja segue em alta, com recordes de importação abastecidos principalmente por Brasil, Argentina e outros fornecedores. O relatório aponta que, mesmo com preços competitivos, os produtores americanos perdem espaço, e as exportações agrícolas dos EUA à China devem cair para US$ 17 bilhões em 2025 — 30% abaixo do ano anterior — e chegar a US$ 9 bilhões em 2026, menor patamar desde 2018.
O cenário pressiona o setor agrícola norte-americano, que enfrenta queda nas receitas e aumento nas falências de fazendas. A Casa Branca discute medidas emergenciais para conter os prejuízos, enquanto o Brasil consolida sua posição como principal fornecedor de soja ao maior comprador mundial do grão.