
A Corte de Cassação, instância máxima da Justiça italiana, rejeitou nesta quarta-feira, 8, o recurso da defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP) contra sua prisão em regime fechado. Com a decisão, ela seguirá detida enquanto tramita o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro.
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A audiência ocorreu em Roma, onde os advogados tentaram reverter a decisão da Corte de Apelação, que, em agosto, havia negado o pedido de prisão domiciliar, alegando risco de fuga e condições de saúde compatíveis com o encarceramento.
O processo de extradição ainda está em análise pela Corte de Apelação. O próximo passo depende de um parecer da Procuradoria Geral da Itália, que vai embasar uma nova audiência para definir se há condições legais para que a parlamentar seja enviada de volta ao Brasil. A Corte de Cassação pode voltar a ser acionada, mas a decisão final cabe ao Ministério da Justiça italiano. O trâmite pode levar de um a dois anos, embora especialistas indiquem que a prisão pode acelerar o processo.
Zambelli fugiu para a Itália em junho, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo STF, acusada de envolvimento na invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e de forjar um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Seu advogado, Pieremilio Sammarco, afirma que tentará provar que o julgamento no Brasil teve irregularidades, alegando que “a vítima foi também quem julgou e executou a pena”. Zambelli se diz perseguida politicamente.