
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira, 14, a chamada tributação dos BBBs — bancos, bets (apostas esportivas) e bilionários — após a Câmara dos Deputados retirar de pauta a medida provisória que aumentava a carga tributária sobre esses setores.
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Apesar do revés, Haddad afirmou ter recebido sinais positivos de parlamentares interessados em buscar alternativas viáveis para recompor a arrecadação.
Segundo o ministro, o tema será discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias. “Estamos aguardando o retorno do presidente. Amanhã [quarta] devemos começar a trabalhar sobre isso”, declarou Haddad durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
O ministro criticou a narrativa de que a taxação seria injusta. “Já recebi acenos de vários parlamentares no sentido de corrigir o que aconteceu. Vamos buscar alternativas, porque, de fato, a chamada taxação dos BBBs só é injusta na cabeça de pessoas desinformadas sobre a realidade do Brasil”, disse.
A audiência também contou com a presença do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e do secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Na pauta estava o projeto que garante isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
Haddad destacou que a rejeição da MP pode comprometer a elaboração do Orçamento de 2026. “Agora que a poeira baixou, vejo, inclusive nesta Casa [o Senado], uma compreensão maior de que a decisão da Câmara pode ter impactos reais, como dificuldades para fechar a peça orçamentária, cortes em áreas prioritárias e em emendas parlamentares. Não é algo sem efeitos concretos.”