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Israel volta a abrir fogo em Gaza; EUA tentam salvar acordo de cessar-fogo

Poder News 20 de outubro de 2025
No fim de semana, o Exército israelense lançou nova ofensiva em Gaza, acusando o Hamas de atacar tropas em área de recuo prevista no acordo, elevando novamente as tensões / Foto: Folhapress

Os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, genro de Donald Trump, chegaram a Israel nesta segunda-feira, 20 para acompanhar a implementação do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Dez dias após sua assinatura, o plano de paz mostra sinais de fragilidade e risco de colapso.

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Eles devem se reunir com integrantes do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Paralelamente, o Egito, um dos mediadores, sediará hoje um encontro com Khalil Al-Hayya, principal negociador do Hamas, para discutir formas de avançar na execução do cessar-fogo.

No fim de semana, o Exército israelense lançou nova ofensiva em Gaza, acusando o Hamas de atacar tropas em área de recuo prevista no acordo, elevando novamente as tensões. Nesta segunda, os ataques continuaram. Autoridades de saúde palestinas informaram que três pessoas morreram após disparos israelenses no bairro de Tuffah, na Cidade de Gaza.

O Exército afirmou em postagem no X que, em dois incidentes, identificou “vários terroristas que se aproximavam e cruzaram a linha amarela na região de Shejaiya”, acrescentando que seguirá eliminando “qualquer ameaça imediata”. Testemunhas relataram disparos de tanques no centro de Gaza e destacaram a dificuldade de localizar as linhas de recuo, pouco demarcadas na maior parte do território. Samir, morador de Tuffah, resumiu a situação: “Toda a área está em ruínas. Vimos os mapas, mas não conseguimos saber onde essas linhas estão.”

A visita de Witkoff e Kushner já estava programada antes da nova escalada de violência. O vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, também deve chegar à região nesta terça-feira, 21. Questionado sobre o cessar-fogo, ele minimizou as tensões, afirmando que “haverá altos e baixos”.

Netanyahu disse ao Parlamento que discutirá “desafios e oportunidades regionais” durante a visita americana e destacou que o Exército lançou “153 toneladas de bombas” apenas na ofensiva de domingo. A ação israelense ameaça o acordo vigente desde 10 de outubro, em um momento de tensão sobre a devolução dos corpos de reféns israelenses.

Israel afirma que os 16 corpos restantes poderiam ter sido entregues pelo Hamas, alegando atraso intencional. O grupo terrorista devolveu todos os 20 reféns vivos e 12 mortos, mas argumenta que a recuperação de corpos soterrados exige equipamento especial. No domingo, Israel identificou dois novos corpos entregues no sábado: Ronen Engel, de 54 anos, sequestrado no kibbutz Nir Oz, e o tailandês Sonthaya Oakkharasri, de 30 anos, morto no kibbutz Be’eri. Autoridades palestinas informaram também ter recebido 15 corpos devolvidos por Israel.

A passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, permanecerá fechada por tempo indeterminado, segundo Netanyahu, condicionando a reabertura ao cumprimento do acordo pelo Hamas. O território enfrenta grave crise humanitária, com grande parte dos dois milhões de palestinos deslocados.

Além da retomada dos ataques, outros obstáculos ao plano de Trump persistem. Questões sobre o desarmamento do Hamas, a governança de Gaza, a composição de uma força internacional de estabilização e os avanços para a criação de um Estado palestino permanecem sem solução, mantendo o futuro do cessar-fogo incerto.

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