

O PSDB está em festa, com o iminente retorno de Ciro Gomes aos quadros da sigla.
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O motivo imediato é a provável candidatura do ex-ministro à sucessão do governador Elmano de Freitas (PT).
Mas há mais do que isso. O tucanato também vibra com a possibilidade de retomada do protagonismo que o marcou por quase três décadas.
Quando Ciro deixou o ninho tucano, em 1997 – foi para o PPS, começar sua saga presidencial -, a plumagem era farta, frondosa e reluzente.
Ciro foi o primeiro de muitos governadores.
Depois vieram dezenas de senadores e deputados, centenas de prefeitos e milhares de vereadores. De lá pra cá, o partido definhou.
O PSDB que recebe Ciro de volta é terra arrasada.
No Congresso Nacional, a legenda beira a irrelevância. Há risco de não passar, em 2026, pela cláusula de desempenho.
Eduardo Riedel. Alguém lembra quem é? Governador do Mato Grosso do Sul.
Ele foi o último nome relevante em mandato do PSDB. Saiu do partido.
Antes deles, fizeram o mesmo Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE).
Voltando ao Ceará. Ao convidar Ciro para o PSDB, Tasso Jereissati sonha com o partido grande, de novo, com muitos outros gestores e parlamentares.
Ciro exitoso no Ceará pode ser farol para o tucanato nacional.
É isso o que o PSDB quer de Ciro.
Saída na ascensão, retorno na decadência

Se isso consolar o tucanato cearense, independentemente do resultado eleitoral do ano que vem, Ciro Gomes está de volta ao partido em seu pior momento.
Contudo, o ex-ministro teve a sua disposição legendas bem mais musculosas, endinheiradas e enfronhadas em governos Brasil afora.
É justo reconhecer, portando, que ao preferir o PSDB, Ciro pode ter feito uma escolha pelo que acredita – e não por uma opção conveniente. Merece o registro.
Sobre Ciro Gomes e Kassab
A chamada grande imprensa brasileira, de onde se supõe que sai a nata da opinião pública que move o País, trata como regional tudo que não está no eixo São Paulo-Rio.
Na cultura, principalmente. Na política, não é diferente.
Nos últimos dias, com a volta de Ciro Gomes (sem partido) à arena política, “doutores de televisão” o trataram com o surrado estereótipo de “coronel”.
Talvez nem saibam do que estão falando.
Já Gilberto Kassab, controlador do PSD – sem cor, sem gosto e sem cheiro ideológico-, é tido como grande estrategista político.
Percebem a diferença?
Ex-governadores
Com o retorno de Ciro Gomes ao PSDB mantém-se a especulação de que a entrada do ex-ministro na corrida pelo governo do Estado mexeria com a chapa majoritária governista.
Fala-se no retorno de Camilo Santana e até mesmo na entrada de Cid Gomes.
Seria emoção garantida uma épica batalha de ex-governadores. Vai acontecer? O tempo dirá.
União Brasil
Muitos filiados em mandato do União Brasil no Ceará mantêm relações políticas muito amistosas com o Palácio da Abolição.
Uma das exceções é o presidente da sigla no Estado, Capitão Wagner, que segue batendo de frente.
Como estão as conversas em Brasília?
A cúpula nacional cederá aos encantos de Lula?
O partido aceitaria indicar a vice de Elmano?